Decorrerá, no próximo dia 14 de Março, na Universidade de Évora, a apresentação do livro "Arborização contra cheias tempestades e marés. Política de águas e de florestas em Portugal (1834-1886)" da autoria de Cristina Joanaz de Melo.
A apresentação estará a cargo de Ana Cardoso de Matos, docente da Universidade de Évora e membro da direcção do CIDEHUS.
Sinopse:
Arborizar Contra Cheias e Marés 1834-1886. Políticas de água e de floresta em Portugal trata a génese do modelo público de ordenamento do território, a partir do estudo integrado da gestão pública de águas e de florestas.
No século XIX, políticas de água e floresta eram uma não-questão. A gestão da água não existia como problema e as políticas de arborização resultaram apenas da necessidade de conter inundações fluviais e marítimas.
O imperativo evoluiu do garantir o socorro mútuo posterior à catástrofe para a prevenção da ocorrência de calamidades públicas. A escassez de carvão e a falta de madeiras para construção não teve qualquer eco nessa decisão, muito menos os fogos florestais.
Foi por via da tentativa de minorar o impacto daqueles fenómenos no território que a decisão política foi tomada nos anos 80 do século XIX, não obstante que desde a década de 30 os defensores de medidas preventivas tivessem alertado para a questão no Parlamento.